domingo, 4 de novembro de 2012

Uma guria, um falcão... uma história INCRÍVEL.

Heey people.

Dessa vez vim para contar um pouquiiinho da história de uma Americana, que virou uma das minhas melhores amigas americanas, e que faz coisas que deixará muitos de vocês perplexos e morrendo de vontade de ser assim também. hahaha

Bom pra começar ela se chama Meagan, e foi graças a ela que fiz a maioria das amizades dentro da Biologia aqui na PSU, pois ela foi a primeira pessoa que começou a conversar com nós em uma das minhas disciplinas. Hoje além de ser muito minha amiga ela também é minha Pitt Pal, ou seja minha parceira americana, parte de um programa da Universidade que busca criar amizades entre americanos e alunos internacionais para facilitar a nossa vida aqui. :)

Nossa melhor foto! hahaha Brincadeira! Mas só pra mostrar o quanto divertido é ter um Pitt Pal, essa ai foi em uma festa de Halloween que fui com a Meagan. Estavamos lindas! ;)

Conforme fui conhecendo a Meagan fui descobrindo o quanto foda ela é. Pra começar ela está concluindo seu mestrado em Taxidermia, isso mesmo caros amigos um mestrado em taxidermia, que ela mesma escolheu. Segundo, ela trabalha no Centro de Pesquisa de Vida Selvagem da PSU, chamado Nature Reach, lidando diariamente com diferente espécies de animais incluindo vaaarios pássaros de rapina, alimentando-os, interagindo com eles e TREINANDO os pássaros para participarem de programas educacionais para o publico em geral. Isso mesmo ela treina corujas, corvos, urubus, falcões E uma águia careca (aquela águia simbolo dos EUA).




Bom como se não bastasse tudo isso ela inda é uma Falconer, traduzindo para o Português  Falcoeira (eu particularmente não gosto da tradução não). Ou seja, ela basicamente CAÇA COM FALCÕES! Simples né?! :)

Ai você deve estar se perguntando, how the hells?!, como ela faz isso?! Bom pra começar ela teve que passar por 2 dois anos de treinos intensivos, para somente depois poder começar a trabalhar nisso sozinha. Basicamente o que ela faz é colocar armadilhas para capturar falcões selvagens jovens, ai ela os leva pra casa e começa a treina-los com recompensas (ou seja pequenos pedaços de comida, tipo o que se faz com cachorros). E aos poucos, acredite ou não, esses animais selvagens vão adquirindo confiança nela, e ela passa a leva-los de volta para o ambiente selvagem diariamente para caçar. 

Qual a vantagem? Bom pra ela que se especializou em aves de rapina durante a graduação, é uma forma de estudo dessas aves. Já para a ave, isso se torna uma forma fácil de sobrevivência  sim porque ela tem comida fácil  continua caçando livremente no ambiente selvagem, e seu tempo de vida aumenta muito. Mas não pense você que essas aves são obrigadas a ficar com seus falcoeiros. Depois de um certo período  em que ave já aprendeu a caçar por conta própria, o falcoeiro solta a ave para a vida selvagem novamente, e normalmente a ave nunca mais volta.

Com a Meagan foi diferente, na ultima fez que ela foi realizar a soltura da sua Red-tailed hawk (búteo de cauda vermelha), Buteo jamaicensis, chamada Autumn, o falcão voltou para ela, e nunca mais quis ir embora. Hoje ela caça com seu falcão sem nenhuma amarra, ou seja se um belo diz Autumn decidir ir embora, ela esta livre para isso. 

Mas depois da forte relação que eu presencie entre Autumn e Meagan eu duvido muiiito que isso irá acontecer um dia. Hoje Autumn esta quase com cinco anos de idade, e muito provável não teria atingido essa idade se estivesse livre do ambiente selvagem. 

Um belo dia Meagan me levou caçar com ela com a Autumn, e eu posso dizer que foi uma das coisas mais incríveis que já vi a vida! 

Seguem as fotos que fiz:

A relação entre elas é algo meio sem explicação. E o engraçado é que a única pessoa que pode chegar perto da Autumn  é a Meagan, e não por escolha da própria Meagan, mas sim Autumn, que não gosta de outros seres humanos. 



Toda dia, depois da caçada, caso Autumn não consiga capturar nada, ela  ainda sim recebe sua  comida e água. 

Autumn






terça-feira, 16 de outubro de 2012

A disciplina que me levou ao Golfo do México.

Pra final os posts contando um pouco sobre as disciplinas que fiz aqui semestre passado vou finalizar com a disciplina de Ichthyology, nada mais que estudo dos peixes.

Bom eu nunca fui muito fã de peixes, mas decidi aproveitar a oportunidade, já que a disciplina que eu queria, Herpetology, não esta aberta naquele semestre.

Bom confesso que as aulas toricas eram beem boring, o professor só falando falando caracteristicas das familias, de cada espécie... na real a melhor aula foram as duas primeiras, estudo da anatomia geral de peixes. Porém as aulas praticas valeram muito a pena, foi ai que realmente aprendi tudo que aprendi. Basicamente o que faziamos era estudar um grupo de peixes por aula na teoria e na pratica. Fizemos muita, muita, MUITA identificação de espécies. E acredite é nessa hora que tu realmente aprende sobre peixes. 

Bom passamos por peixes fosseis, raias, tubarões, peixes nativos no Kansas (alguns bem diferentes), peixes "famosos" mundialmente, peixes exclusivamente presentes em certas partes da Terra. 

Claro que também estudamos caracteristicas especificas de habitats, água, ecologia dos peixes... enfim tudo que você possa imaginar. 

A melhor coisa que aconteceu nessa aula? Uma saida a campo de UMA SEMANA... nada mais nada menos que no Golfo do México. fuck yeaah.

E essa parte da história eu não vou escrever, vou deixa-los de deliciar com as imagens, que relatam por si só tudo que fizemos por lá. ;)


Nós fizem uma road trip, viajamos de van do Kansas até o Alabama.
Até chegarmo em Dauphin Island, uma ilha voltada especialmente para projetos cientificos localizada no Golfo do México.
Em busca de Siris.
E nós achamos, vaarios.

Acampamos.
Fomos capturar peixes marinhos com um barco de pesca montado especialmente para pesquisa cientifica. 
Nos deparamos e estudamos diversas espécies de aves marinhas. Mesmo sendo uma disciplina voltada a peixes, nós aproveitamos pra aprofundar os conhecimos em plantas, aves, mamiferos...



Vimos uma família de Golfinhos, que acompanhou o barco desde o o começo sabendo que no final teria muita comida disponível.
Vimos as plataformas de extração de gás natural.


Alimentamos um Pelicano faminto. Na verdade alimentamos muitos pelicanos,  gaivotas, golfinhos....


Classificamos muitos, muitos peixes.


Tivemos ajuda de um Senhor muita gente boa, que simplesmente tinha interesse em aprender um pouco mais sobre peixes, e como toda sua experiencia de vida veio aprender um pouco mais sobre a complexa classificação de espécies. 
Fizemos coletas noturnas, diurnas... em todos os lugares possíveis daquela ilha.
A nossa triste killing jar. O fim da vida de muitos espécimens. =/

Fomos capturar peixes diversas vezes...
Preparamos muita comida.

Visitamos um Laboratório Marinho.
Fizemos trilhas que nos levaram a lugares lindos
ao redor de um lago enorme.










Visitamos um Estuário, onde foi possível ver diversas espécies diferentes.









Visitamos o  Sea Lab, Instituto de Pesquisa Marinha localizado na ilha.


Fizemos maaais trilhas. 
Meus colégas pescaram um baita peixe de 40 anos (literalemente). 

Fizemos um pouco de turismo, visitando o Forte Gaines.


Vi um ferreiro de verdade! :D Sim isso ainda existe, mesmo nos dias de hoje, e esses cara ganham a vida trabalhando como ferreiros.
Saimos a noite em busca de anfibios.
Na volta pra casa, fizemos mais um pouquinho de turismo passando por New Orleans. 
Comemos Jambalaia, verdadeiro sabor da Louisiana. 

Bom e no final toda essa viagem resultou em mais uma disciplina chamada, Gulf Ecology, até porque com tudo que estudamos por lá merecia crédito sim, afinal qual o melhor lugar para aprendermos biologia se não no campo?!

=)